A proposta de orçamento da Casa Branca para 2014 destinou U$ 28,4 bilhões ao Departamento de Energia. O plano, divulgado no início do mês, propõe um aumento de 8% na verba da agência em relação aos valores aprovados para 2012. A proposta aumenta em 40% os fundos para os projetos de energia renovável do Departamento, incluindo US$ 615 milhões para ampliar a utilização e reduzir os custos de energia solar, eólica, geotérmica e hídrica. O documento propõe que incentivos fiscais dados a produtores de energia renovável sejam permanentes. A versão de orçamento também determina como meta cortar pela metade as importações de petróleo até 2020, tomando como base os níveis de 2008. Outro objetivo é dobrar a produtividade energética do país até o ano de 2030 em relação a 2010. Além disso, a proposta estabelece o Energy Security Fund, que destina cerca de U$ 2 bilhões em receitas com ampliação da exploração de gás e petróleo em terras federais para projetos que reduzam a dependência fóssil do setor de transportes. Para analistas, o plano evidencia a relevância que a administração Obama atribui à questão energética, já que o acréscimo nas verbas do DOE ocorreria em meio a cortes nos gastos públicos. O orçamento proposto prevê a eliminação de cerca de U$ 4 bilhões anuais em subsídios concedidos a produtores de petróleo, gás e carvão. A medida, que já era esperada, havia sido criticado por congressistas republicanos e pela indústria de combustíveis fósseis. A versão de orçamento da Casa Branca ainda deverá ser discutida no Congresso, e reconciliada com as propostas da Câmara e do Senado.