O secretário de Estado John Kerry anunciou, no dia 9, um plano para reestruturar o crescimento econômico na Cisjordânia. Em seu último dia de visita ao Oriente Médio, Kerry disse que a medida é vital para o processo de paz entre israelenses e palestinos. Mais detalhes devem ser divulgados na próxima semana, mas o secretário adiantou que o projeto incluirá iniciativas públicas e privadas. Instituições como o Ex-Im Bank, banco de fomento a exportações dos EUA, a USAID, agência de auxílio externo, e a Overseas Private Investment Corporation (OPIC), que incentiva investimentos privados em países emergentes, serão alguns órgãos governamentais envolvidos. O objetivo do programa é derrubar dificuldades econômicas que vêm impedindo a retomada das negociações. Nos últimos dois anos, embargos israelenses e quedas nas doações internacionais afetaram gravemente os cofres da Autoridade Palestina. Israel também suspendeu a transferência de arrecadação fiscal a partir de 2012, em retaliação ao reconhecimento da Palestina pela ONU no mesmo ano. Mesmo ressaltando que as medidas econômicas facilitariam o diálogo, Kerry disse que o processo político não pode ser substituído. Sobre a retomada de discussões para a paz, o secretário admitiu que buscará uma solução com base nas fronteiras de 1967. Em relação à possibilidade de reativação de uma antiga proposta árabe, Kerry foi cauteloso. Em 2002, a Liga Árabe propôs que os países árabes reconheçam Israel diplomaticamente em troca da desocupação dos territórios palestinos. Para o secretário, o plano deve ser respeitado, mas não será a base para futuras negociações.