Empresas estrangeiras investiram cerca de U$ 26 bilhões na extração de gás e petróleo de xisto nos EUA desde 2008. A informação é de um relatório da Energy Information Administration (EIA), divulgado no dia 8. A quantia equivale a cerca de 20% do valor total investido na exploração desse tipo de recurso. A maioria dos investimentos foi feita por meio de aquisição de companhias dos EUA pelas empresas estrangeiras ou de empreendimentos conjuntos. Desde 2008, foram feitas 21 parcerias deste tipo. Os investidores externos compram parte do terreno de extração e assumem uma parcela dos custos de perfuração por certo tempo. Segundo a EIA, as transações representam uma oportunidade financeira para as companhias dos EUA e de aprendizado de novas técnicas de extração para as estrangeiras. O uso de novas tecnologias, como a fratura hidráulica, possibilitou a exploração de reservas não convencionais, aumentando a produção de recursos energéticos nos EUA. Segundo a EIA, a extração de gás de xisto deve impulsionar a produção total de gás natural do país, que deve crescer 44% até 2040. Para congressistas republicanos, os dados sobre os investimentos reforçam o argumento de que a expansão impulsiona a economia do país. Membros do partido e da indústria petrolífera querem agilizar o processo de licenciamento para a exploração de terras federais, já que a maior parte das extrações tem ocorrido em áreas estaduais e privadas. A administração Obama resiste à ideia, enquanto ambientalistas e alguns democratas se opõem à ampliação do uso da fratura hidráulica devido a preocupações ambientais.