EUA votam a favor de Tratado da ONU sobre Comércio de Armas
Os EUA votaram, no dia 02, a favor do Tratado das Nações Unidas sobre Comércio de Armas. O acordo determina que o país exportador de armas convencionais verifique se o comprador pretende burlar um embargo internacional, ou usar os armamentos para terrorismo, crimes de guerra e contra a humanidade. Os exportadores também deverão prevenir que os equipamentos cheguem ao mercado negro. O documento foi aprovado na Assembleia Geral, com apoio de 153 países, 23 abstenções e 3 votos contra. Síria, Irã e Coreia do Norte foram os votos contrários e as abstenções incluíram Rússia e China, dois dos cinco maiores exportadores globais. Os EUA lideram as exportações. Embora a implementação deva demorar anos, uma vez que depende da ratificação de pelo menos 50 países, especialistas acreditam que o efeito moral será sentido logo. A assinatura do documento pelo presidente Barack Obama deve acontecer nos próximos meses, mas a ratificação é incerta. De acordo com a legislação do país, dois terços do Senado precisam ratificar um tratado internacional. Nas discussões sobre o orçamento no mês passado, 53 senadores mostraram intenção de vetar a ratificação. O posicionamento é influenciado pela ação da National Rifle Association (NRA), maior associação de armas do país. Apesar de o tratado não interferir nas leis domésticas, a NRA se opõe. Uma provisão do documento exige que os Estados signatários guardem registros de exportação e importação, e os nomes dos compradores. Membros da NRA acreditam que este seria o primeiro passo para a criação de um registro nacional de armas, atualmente proibido por lei federal.