O American Petroleum Institute (API) divulgou, no dia 13, uma campanha televisiva contra possíveis cortes nos incentivos fiscais concedidos à indústria de gás e petróleo. O objetivo da associação, que representa os interesses do setor, é influenciar congressistas em meio às discussões sobre o orçamento federal. Nas últimas semanas, as propostas de orçamento da Câmara e do Senado foram divulgadas, e a versão da Casa Branca deve ser apresentada em abril. O presidente Barack Obama e outros democratas têm defendido o fim de deduções fiscais que atualmente beneficiam a indústria. A eliminação de US$ 4 bilhões anuais em isenções ao setor seria parte das negociações para substituir os cortes automáticos nos gastos públicos, que tiveram início no dia 1o. de março. Algumas das propostas afetariam apenas as principais empresas, enquanto outras atingiriam também produtores menores. Segundo o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, em um momento de controle nos gastos governamentais, não faria sentido ajudar uma indústria que tem obtido lucros recordes. Os defensores das petrolíferas afirmam que o setor não poderia ser excluído de um tratamento que também é concedido a outras indústrias. Associações de produtores de gás e petróleo, e congressistas republicanos e democratas que representam estados produtores dos recursos se opõem à proposta. Segundo a API, a medida afetaria o crescimento do setor em uma fase de incremento da produção de gás e petróleo do país. Ainda, o fim das isenções poderia reduzir a geração de empregos e a arrecadação do governo.