Pentágono anuncia expansão de sistema de defesa no Alasca
O Pentágono anunciou, no dia 15, um plano para instalar mais 14 interceptadores de mísseis no Alasca até 2017. A decisão elevará para 44 o número de equipamentos na costa oeste do país, que atualmente conta com 26 baterias antimísseis no Alasca e 4 na Califórnia. A verba para a expansão, estimada em US$ 1 bilhão, será redirecionada do Aegis, programa de escudo antibalístico na Europa. O secretário de Defesa Chuck Hagel disse que as crescentes ameaças do Irã e da Coreia do Norte motivaram o investimento. Em condição de anonimato, funcionários do Departamento de Defesa disseram que o real motivo é mostrar à Coreia do Sul e ao Japão que os EUA estão comprometidos com a proteção dos aliados. Um segundo propósito seria passar uma mensagem à China, pressionando o país a interceder contra a assertividade da Coreia do Norte. Em janeiro, Pyongyang realizou um teste bem sucedido com um míssil de longo alcance. A operação, que contraria as determinações da ONU, foi criticada inclusive pelo governo em Pequim. A expansão do sistema antibalístico nos EUA representa uma mudança na política da administração Obama, que havia postergado planos para aumentar esse tipo de capacidade defensiva. Alguns analistas consideram os interceptadores pouco eficientes, já que o sucesso na fase de testes foi de apenas 50%. Tom Cozilla, diretor da Associação de Controle de Armas, disse que equipamentos antimísseis deveriam ser submetidos a testes mais rigorosos. Hagel reafirmou a confiança no sistema, mas garantiu que os interceptadores serão adquiridos apenas caso tenham a eficiência plenamente comprovada.