Comitê do Senado aprova proibição de armas semi-automáticas

O Comitê Judiciário do Senado aprovou, no dia 14, a proibição de produção e venda de mais de 150 tipos de armas semiautomáticas e cartuchos de munição de alta capacidade. A proposta renovaria o Federal Assault Weapons Ban, legislação sancionada por Bill Clinton, que vigorou de 1994 a 2004. Até a tragédia na escola primária Sandy Hook em Newton, Connecticut, em dezembro passado, os poucos esforços para restaurar a moratória haviam fracassado. A votação no Comitê seguiu linhas partidárias, com 10 democratas a favor e 8 republicanos contra. Antes dos votos, os senadores Ted Cruz (R-TX) e Dianne Feinstein (D-CA) protagonizaram uma discussão acalorada sobre a constitucionalidade do projeto. Dentre várias críticas, republicanos argumentam que o projeto é contrário à 2a. Emenda e deixaria os cidadãos que querem se proteger mais vulneráveis a criminosos, que têm à sua disposição armamento pesado. A proibição é a mais recente de uma série de medidas aprovadas pelo Comitê nas últimas semanas. Outras propostas já encaminhadas ao plenário do Senado incluem a expansão dos procedimentos de verificação de antecedentes para vendas de armas, e penas mais rigorosas para tráfico de armamentos e compra de armas para terceiros. Apesar das aprovações no Comitê, o líder da maioria no Senado, Harry Reid (D-NV), ainda não decidiu como elas serão apresentadas. A proibição de armas semiautomáticas é a mais controversa de todas as proposições e poderia comprometer a aprovação das demais. Além da oposição republicana, ao menos 6 senadores democratas já demonstraram ressalvas quanto à moratória.

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