Democratas divulgam plano para taxar emissões de carbono
Um grupo de congressistas democratas divulgou, no dia 12, um plano para taxar as emissões de carbono de usinas, refinarias, fábricas e outras grandes fontes de poluição. De acordo com a proposta, as taxas seriam recolhidas pelo Departamento do Tesouro com base em dados sobre emissões, reunidos pela Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês). Para os defensores do projeto, a parceria entre Tesouro e EPA otimizaria o processo. A versão inicial do plano, que está aberta a comentários públicos até abril, ainda deve ser alterada. Os autores do projeto, os senadores Sheldon Whitehouse (D-RI) e Brian Schatz (D-HI) e os representantes Henry Waxman (D-CA) e Earl Blumenauer (D-OR), querem receber sugestões antes de definir questões como o valor cobrado por tonelada de carbono emitida, o índice de reajuste anual da taxa e o destino da arrecadação. Os congressistas ainda avaliam se os recursos arrecadados devem ser destinados à redução do déficit federal, a projetos de energia limpa ou à diminuição de impostos cobrados de empresas e indivíduos. Caso seja formalmente apresentada, a proposta tem poucas chances de aprovação, por conta da resistência de democratas e republicanos em ambas as casas do Congresso. No dia seguinte à divulgação do plano, representantes republicanos e associações da indústria de combustíveis fósseis manifestaram oposição à ideia em uma coletiva de imprensa realizada no Congresso. Entretanto, analistas afirmam que um dos objetivos dos proponentes é aproveitar o momento de retomada do debate sobre mudanças climáticas para chamar atenção para o tema e criar espaço para ações do governo federal na área.