Segurança nuclear divide opiniões no Congresso
A Comissão Reguladora Nuclear (NRC, na sigla em inglês) planeja aumentar os padrões de segurança das usinas nacionais. A informação foi dada pela chefe do órgão, Allison Macfarlane, em depoimento ao Congresso no fim de fevereiro. Embora sem entrar em detalhes, a fala de Macfarlane causou reações opostas entre congressistas dos dois partidos. Uma possível exigência é a instalação de filtros em reatores, usados no Japão e na Europa, mas considerados desnecessários e custosos por operadoras nos EUA e membros de ambos os partidos. O representante Ed Whitfield (R-KY) afirmou que a Comissão deve levar em conta os custos de eventuais novas regras. Em contrapartida, outros congressistas mostraram preocupação com a demora da NRC em implementar medidas instituídas depois do acidente na usina japonesa de Fukushima. Ao analisar as causas do acidente em 2011, uma força tarefa da NRC propôs aumentar as medidas de segurança até 2016. Liderado por Barbara Boxer (D-CA), um grupo bipartidário de senadores enviou uma carta à Comissão, no dia 8, para saber se houve avanço na implementação daquelas regras. Para a associação Union of Concerned Scientists, a NRC tem sido pouco exigente. Segundo um estudo do grupo, quase um em cada seis reatores do país apresentou falhas no ano passado. Macfarlane contesta a informação, alegando que as usinas estão mais seguras do que nunca. De acordo com a chefe da Comissão, somente cinco dos 104 reatores nucleares dos EUA operavam com níveis de segurança abaixo do aceitável no fim de 2012.