Kerry libera ao Egito parte de ajuda congelada

O secretário de Estado John Kerry anunciou, no dia 3, o envio de US$ 190 milhões para auxiliar o Egito em necessidades urgentes. O comunicado foi feito no Cairo, após uma reunião com o presidente egípcio Mohamed Morsi. A ajuda é parte de um total de US$ 1 bilhão, prometido pelo presidente Barack Obama em 2011. Este montante seria dividido na época em uma primeira parcela de US$ 450 milhões iniciais e uma segunda de US$ 550 milhões. Devido à crise orçamentária nos EUA e à instabilidade política no Egito, o Congresso bloqueou os US$ 450 milhões iniciais. Recentemente, Kerry obteve a anuência de líderes republicanos para liberar parte do valor inicial congelado, ficando o saldo de U$ 260 milhões extraoficialmente condicionados a reformas democráticas pelo governo egípcio. Nenhuma informação foi divulgada sobre os US$ 550 milhões também pendentes. Caso o Cairo consiga promover mudanças políticas e econômicas, US$ 60 milhões extraordinários seriam concedidos pelos EUA e US$ 4,8 bilhões obtidos junto ao FMI sob a forma de empréstimos e perdão de dívida. Líderes da oposição egípcia atacaram a decisão dos EUA, afirmando ser uma evidência do apoio da Casa Branca a Morsi e ao partido Irmandade Muçulmana. Os oponentes políticos ameaçam boicotar as eleições parlamentares de abril como protesto contra mudanças constitucionais feitas por Morsi, que teriam prejudicado o processo democrático ao implementar leis islâmicas. Embora o governo dos EUA tenha mostrado preocupação com as alterações na Constituição no ano passado, Kerry não fez qualquer declaração sobre a questão.

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