A Cheniere Energy anunciou, no dia 22, que as operações em seu terminal de exportação de gás liquefeito serão iniciadas em 2015. Segundo a empresa, as obras para a construção de sua planta na Louisiana estão dentro do cronograma. A iniciativa viabilizará, pela primeira vez, a exportação de gás natural extraído no território contíguo dos EUA. A Cheniere é a única empresa com as licenças federais necessárias para exportar o recurso a mercados que não possuem acordos de livre comércio com o país. Para aprovação de transações com esses países, o Departamento de Energia deve determinar se o projeto é compatível com o interesse público, avaliando seu impacto na economia e na segurança energética. Atualmente, o órgão analisa outros doze pedidos semelhantes. A companhia, que pretende vender para países como Espanha e Índia, tomou a dianteira no processo ao ser a primeira a transformar sua unidade de importação em terminal de exportação. O uso recente de novas técnicas, como a fratura hidráulica, permitiu a exploração de reservas não convencionais, elevando a oferta interna. Com a queda drástica nos preços do recurso nos EUA, a exportação se tornou uma oportunidade lucrativa para as empresas do setor, que pressionam pela liberação das licenças. Congressistas, entretanto, temem que as vendas externas afetem o abastecimento doméstico. Críticos afirmam que o tamanho das reservas pode ter sido superestimado com o estímulo do mercado financeiro. Analistas também acreditam que a exportações aumentariam o preço do gás, prejudicando as indústrias que se beneficiam de seu baixo custo.