BP obtém vitória legal em vazamento no Golfo do México
Um juiz federal decidiu, no dia 19, que 810 mil barris de petróleo serão excluídos do cálculo que determinará a eventual multa da BP pelo vazamento no Golfo do México em 2010. A decisão, tomada por um juiz do Distrito de Louisiana, foi emitida dias antes do início do julgamento sobre o desastre. Com a vitória, os barris que a empresa conseguiu recapturar antes que houvesse contaminação não serão contabilizados no julgamento, marcado para o dia 25 em Nova Orleans. O entendimento é que a companhia não deve ser penalizada, já que o petróleo não chegou a ser liberado no ambiente. O acidente na plataforma da petrolífera causou o maior derramamento da história dos EUA. A estimativa do governo era de um vazamento de 4,9 milhões de barris. As multas previstas pela legislação do país variam de US$ 1.100 a US$ 4.300 por barril derramado, dependendo da constatação de negligência simples ou grave. No caso mais grave, o Clean Water Act estabelece que a BP poderia ser multada em US$ 21 bilhões. Com a determinação, a penalidade máxima agora será de US$ 17,6 bilhões. Mesmo com a exclusão dos 810 mil barris, a empresa continua contestando o cálculo do governo. A companhia alega que o real total derramado foi de 3,1 milhões de barris, o que reduziria ainda mais a multa. A BP também contesta a acusação de grave negligência. Há mais de um ano, a petrolífera vinha negociando uma solução para a disputa com o Departamento de Justiça e o governo de cinco estados. Analistas afirmam ser improvável a obtenção de um acordo judicial às vésperas do julgamento, que será presidido pelo mesmo juiz de Louisiana.