Energia e Meio Ambiente

Obama ameaça usar ordens executivas para soluções climáticas

O presidente Barack Obama enfatizou as questões climáticas durante o discurso do Estado da União, realizado no dia 12. Citando desastres ambientais em 2012, como a maior seca dos últimos 50 anos e o furacão Sandy, o presidente disse que o aquecimento global é um fenômeno real cujos efeitos não podem mais ser ignorados. Para Obama, o Congresso precisa trabalhar em propostas de conteúdo bipartidário e com boa aceitação pelo mercado. Caso o Legislativo demore a agir, a Casa Branca poderá tomar a frente do processo através de ordens executivas. A fala foi vaga quanto às medidas possíveis, reforçando a crença dos analistas de que passar da retórica à prática será difícil. O principal instrumento para ação presidencial ainda é a Agência de Proteção Ambiental. Mesmo com a inação do Congresso nos últimos quatro anos, a agência conseguiu adotar normas e padrões para redução de poluição. A maior demanda dos ambientalistas é que essas regulamentações, impostas a novas usinas de eletricidade, sejam estendidas às geradoras já instaladas, principalmente às que são movidas a carvão. Medidas de maior impacto e de longo prazo, no entanto, dependem do Congresso. No discurso, Obama propôs criar um fundo para desenvolvimento de tecnologias que reduzam a dependência de petróleo pelo setor de transporte. Como o Energy Security Trust seria financiado com receitas da exploração de gás e petróleo em terras federais, os congressistas precisam aprovar a redestinação fiscal. Outra ação vital que depende do Legislativo é o cap-and-trade, solução de mercado que estabelece limites e quotas de comércio para emissão de carbono.

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