Pressão sobre drones marca audiência de Brennan no Senado

O Comitê de Inteligência do Senado realizou, no dia 7, audiência sobre a indicação de John Brennan para diretor da CIA. Brennan, que é conselheiro chefe de contraterrorismo, enfrentou um questionamento duro sobre temas de alto sigilo. Os senadores perguntaram principalmente sobre ataques letais de aviões não tripulados no exterior. Os chamados drones têm como alvo supostos terroristas, mas seu uso recorrente no governo Obama causou a morte de centenas de civis. Responsável pelo programa, o conselheiro foi ambíguo ao informar que é preciso aumentar a transparência e o sigilo das operações. Brennan disse que a ideia da senadora Diane Feinstein (D-CA) de criar um tribunal para julgar as ações é passível de discussão, mas reafirmou que essas missões letais são de competência exclusiva do Executivo. O indicado também admitiu que sabia do uso de afogamento simulado nos interrogatórios da CIA durante o governo Bush, mas negou qualquer participação. O testemunho foi interrompido várias vezes por protestos do Code Pink, grupo de feministas pacifistas. Horas antes da audiência, a administração concordou em entregar alguns documentos confidenciais ao Comitê, rompendo com a resistência em prestar contas sobre o uso de drones. Embora limitada, a iniciativa parece ser uma tentativa de aplacar críticas sobre a falta de clareza das operações. No dia anterior, a mídia internacional noticiou a existência de 12 bases de drones dos EUA em países aliados, entre eles a Arábia Saudita. Segundo as fontes, o assunto é evitado na mídia doméstica a pedido da Casa Branca.

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