Departamento de Justiça apoia morte de cidadãos pela CIA
O Departamento de Justiça elaborou um documento sobre a morte no exterior de cidadãos dos EUA por agentes da CIA. Divulgado pela NBC News, no dia 4, o texto descreve os critérios para a eliminação extrajudicial de cidadãos considerados terroristas. Líderes da Al Qaeda ou de grupos afiliados, com cidadania dos EUA, poderiam sofrer investidas com aviões não tripulados segundo três critérios. O primeiro é que um agente sênior da CIA comprove que o indivíduo apresenta risco iminente. O segundo é que a agência deve atestar a impossibilidade de capturá-lo com vida. Por último, o ataque deve ser conduzido dentro dos códigos de conduta de guerra. As missões letais não precisam ser conduzidas apenas em teatros de guerra, como o Afeganistão. Mesmo sem autorização do governo estrangeiro, os ataques podem se realizar em qualquer país onde se constate o planejamento terrorista em questão. O Departamento alega que a ação se baseia na autoridade constitucional do presidente e na suposta suspensão dos direitos civis de um cidadão que conspire contra a segurança dos EUA. Apesar de não possuir data, assinatura ou valor de lei, o documento seria o resumo de uma diretriz enviada aos Comitês Judiciário e de Inteligência do Senado em 2011. No mesmo dia 4, um grupo bipartidário de senadores enviou carta ao presidente Barack Obama pedindo acesso aos arquivos sobre casos já ocorridos. O tema controverso é retomado às vésperas da audiência de John Brennan no Senado. O atual conselheiro nacional de contraterrorismo e mentor da política de drones nos últimos anos, foi indicado por Obama para a direção da CIA.