Senado aprova suspensão temporária do teto da dívida pública
O Senado aprovou, no dia 31, a suspensão do teto da dívida pública até o dia 18 de maio. A medida foi aprovada por 64 votos a favor e 34 contra, depois de passar pela Câmara na semana passada. A decisão permite que o Departamento do Tesouro tome empréstimos acima do limite legal para honrar as obrigações do governo, uma vez que o teto de US$ 16,4 trilhões foi atingido em dezembro. O Tesouro afirmou que passou a usar medidas extraordinárias para fechar as contas desde então, mas que ficaria sem recursos em março. Se o Congresso não aprovar outra suspensão, o limite será restabelecido no dia 19 de maio. Nesse caso, o Tesouro terá de recorrer a medidas extraordinárias novamente. A resolução aprovada também exige que a Câmara e o Senado apresentem suas propostas para orçamento federal até 15 de abril, sob a pena de os salários dos congressistas serem suspensos até o fim do ano. Embora apenas 12 republicanos tenham votado pela suspensão, o líder da maioria Harry Reid (D-NV) saudou o gesto da oposição de concordar em não vincular a questão da dívida à redução de gastos. O partido republicano defende que o aumento do limite seja acompanhado de cortes orçamentários equivalentes, mas afirmam que não aproveitarão o momento para barganhar com os democratas. A medida adia o debate sobre a elevação do teto e a possibilidade de moratória, mas não resolve outras questões. Março, por exemplo, é o prazo para o acionamento dos cortes automáticos estabelecidos pelo Budget Control Act de 2011, que aumentou o limite da dívida pela última vez.