Hagel defende no Senado seu histórico em política externa

O Comitê de Serviços Armados do Senado realizou, no dia 31, audiência sobre a indicação de Chuck Hagel para secretário da Defesa. Durante oito horas, o ex-senador de Nebraska foi sabatinado por senadores de ambos os partidos acerca de opiniões polêmicas sobre política externa no passado. Tentando evitar o confronto, principalmente com os republicanos, o indicado procurou manter-se distante de suas controversas declarações.  Apesar do esforço, Hagel hesitou em muitos momentos e encontrou dificuldade para responder às perguntas duras de senadores como John McCain (R-AZ) e Ted Cruz (R-TX).  O ex-senador se retratou de ter afirmado que o lobby pró-Israel intimidava o Congresso. Durante o testemunho, o republicano disse considerar o lobby judaico uma boa influência, declarou apoio à aliança EUA-Israel e admitiu que considera o Irã uma ameaça. Hagel, no entanto, recusou-se a responder se havia mudado de opinião quanto ao aumento de soldados na Guerra do Iraque. O então senador, que foi contra a invasão do Iraque em 2003, criticou o governo Bush pelo envio de mais tropas a Bagdá em 2007. Outro desafio à nomeação é a pouca experiência com assuntos de defesa, exceto por sua participação na Guerra do Vietnã. Mesmo sendo membro do partido republicano e atuado no Congresso até 2009, Hagel é visto como moderado por se identificar com algumas políticas de Obama. Ao se aposentar em 2008, o ex-senador recusou apoio à candidatura de McCain. Apesar de não ter aceitação unânime entre os democratas, é esperado que o Comitê recomende sua nomeação. Nesse caso, a votação seguirá para apreciação dos demais senadores no plenário.

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