EUA assinam tratado para reduzir emissões de mercúrio
Os EUA assinaram, no dia 19, um tratado internacional para reduzir emissões de mercúrio. Depois de quatro anos de negociações internacionais, mais de 140 países chegaram a um consenso sobre redução na liberação do metal por mineradoras, plantas termoelétricas e indústrias. A Convenção de Minamata também restringe o uso de produtos contendo mercúrio e estimula a adoção de tecnologias alternativas. O acordo estabelece pela primeira vez limites para as emissões da substância, que é nociva à saúde humana e ao meio-ambiente. Até 2009, os EUA bloqueavam avanços nas conversas sobre o tratado, defendido por países como Suíça e Noruega há quase uma década. Na administração Obama, o combate à poluição com mercúrio se tornou uma das principais metas da Agência de Proteção Ambiental. Em 2012, apesar da resistência de grupos conservadores no país, a agência aprovou padrões sobre emissões do metal e outros poluentes por termoelétricas. No âmbito internacional, os EUA se mostraram mais flexíveis, o que foi fundamental para a conclusão do compromisso. Especialistas, no entanto, afirmam que o tratado não é suficiente para reduzir os níveis mundiais de contaminação por mercúrio e existe inclusive o risco de aumento da poluição. O tratado estabeleceria pouco controle sobre garimpo artesanal ou de pequena escala, e usinas a carvão, que são as principais fontes de liberação do metal tóxico. Apesar do declínio dessas usinas nos EUA, o país tem batido recordes de exportação do mineral. Além disso, estudos indicam que o número de termoelétricas a carvão no mundo deve aumentar nos próximos anos. O acordo precisa ser ratificado por pelo menos 50 países antes de entrar em vigor.