O Departamento do Interior anunciou, no dia 8, que pretende rever a permissão para a Shell atuar no Oceano Ártico. A decisão foi tomada após uma plataforma móvel de exploração ficar à deriva por 24 horas na virada do ano. A embarcação Kulluk, que fazia estudos de prospecção no Alasca, foi danificada e deve ficar inoperante por meses. Para o secretário de Interior, Ken Salazar, este e outros incidentes indicam que a empresa ainda não está capacitada a explorar recursos de energia na região. Salazar afirmou que o governo continua favorável à exploração no Ártico, mas acredita ser necessário aprofundar as pesquisas antes de dar início a operações comerciais. Para saber se existem reservas exploráveis, é preciso verificar se a tecnologia existente é compatível com as características geológicas da área. No fim do ano passado, o Departamento negou o pedido da empresa para iniciar explorações de petróleo. Este mês, o secretário abriu uma investigação para saber se os problemas ocorridos em 2012 decorreram de falha operacional sistêmica na empresa ou de companhias terceirizadas. Independentemente do resultado da investigação, a Shell pode ter de suspender esses estudos em 2013. A licença federal determina que a empresa mantenha duas plataformas funcionando para o caso de vazamento. A Shell só saberá se o Kulluk voltará a operar em cerca de quatro meses, depois que embarcações controladas remotamente avaliem a extensão dos danos ao barco.