Cortes automáticos dificultam solução para abismo fiscal

Além das discussões sobre aumento de impostos ou reformas no código tributário, uma das principais discussões entre os partidos é o que fazer com os cortes automáticos instituídos pelo Budget Control Act de 2011 (BCA). No dia 9, o presidente Barack Obama e o porta-voz da Câmara, John Boehner (R-OH), se reuniram na Casa Branca a fim de buscar soluções para o abismo fiscal. Poucas informações foram divulgadas sobre o progresso das negociações para cortes automáticos no orçamento e o fim das isenções de impostos da era Bush. Não existe consenso em torno de como substituir as reduções automáticas de US$ 1,2 trilhão na área de defesa e programas sociais ao longo da próxima década. Para 2013, o impacto estimado dos cortes é de US$ 109 bilhões. Democratas propuseram a substituição das reduções do BCA por cortes de gastos de US$ 4 trilhões nos próximos 10 anos e geração de receita com impostos de US$ 1,6 trilhão. Republicanos taxaram a proposta de fantasiosa: US$ 800 bilhões em reduções viriam do encerramento das operações no Iraque e no Afeganistão, valores que não são considerados cortes reais pela oposição. Ainda, no total, US$ 1 trilhão das reduções propostas já está aprovado pelo BCA. Boehner ainda aguarda uma resposta à sua oferta de cortes de US$ 1,4 trilhão e novas receitas de US$ 800 bilhões, a partir de correções em brechas tributárias. Caso não haja acordo e os cortes entrem em vigor, o gasto discricionário do governo seria reduzido em US$ 98 bilhões, com US$ 43 bilhões de reduções em programas domésticos e US$ 55 bilhões em defesa. O Medicare ainda sofreria um corte de verbas de US$ 11 bilhões.

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