Pentágono planeja intervenção militar no Mali

O Pentágono e o Departamento de Estado anunciaram planos para uma intervenção no Mali em 2013. A informação foi dada em audiência no Senado, no dia 5, com o objetivo de explicar ao Congresso a necessidade de maior autonomia para se atuar na região. A operação seria conduzida por uma força internacional, composta principalmente por tropas de países do oeste africano e do próprio Mali. Os EUA contribuiriam com treinamento, transporte e equipamentos. A meta seria auxiliar as forças do governo maliano a combater militantes islâmicos que controlam o norte do Mali desde março. Esses grupos seriam ligados à Al Qaeda do Magreb. Funcionários do Pentágono afirmam que a intervenção dependerá da aprovação do Conselho de Segurança da ONU. Barreiras legais nos EUA impedem o fornecimento de assistência militar direta ao Mali e qualquer ajuda deverá ser feita através de outros países ou organizações. O impedimento se deve ao fato de o governo maliano ser considerado ilegítimo em Washington por haver deposto, com um golpe militar também em março, um presidente democraticamente eleito. A deposição de Amadou Toumani Toure foi justificada pelos militares em função de sua suposta inação contra os grupos terroristas locais. O golpe de Estado fez o Pentágono cortar relações com os militares malianos e suspender o programa de vigilância sobre terroristas, conduzido há anos por forças especiais e aviões não tripulados. Os EUA temem que o Mali se torne base de planejamento de atentados, devido à presença da Al Qaeda na área.

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