Agência ambiental exclui BP de novos contratos com o governo
A Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA, na sigla em inglês) proibiu a BP, no dia 28, de firmar novos contratos com o governo, incluindo licenças para exploração de petróleo. A suspensão temporária se aplica à petrolífera e a suas subsidiárias, mas não afeta acordos já existentes. A medida foi justificada como sendo uma resposta à falta de integridade na conduta da empresa em relação ao acidente ocorrido no Golfo do México em 2010. O desastre causou 11 mortes e o maior derramamento de petróleo da história do país. Segundo a agência, o banimento é um procedimento padrão em casos que envolvem responsabilidade em ações criminais. Entre outubro de 2011 e setembro de 2012, foram emitidas 114 suspensões semelhantes contra outras companhias. No dia 15, a BP firmou um acordo extrajudicial com o governo assumindo a culpa por acusações relativas ao vazamento. De acordo com a EPA, a medida será suspensa quando a petrolífera fornecer evidências suficientes de que passou a seguir os padrões federais. A agência informou que não há prazo definido para o fim da suspensão, já que a BP ainda enfrenta ações cíveis relativas ao caso. A ação foi criticada pelas senadoras republicanas, Lisa Murkowski (R-AK) e Mary Landrieu (R-LA), que pediram mais informações sobre as condições para o fim da exclusão. Landrieu questionou a decisão, argumentando que a BP já obteve mais de 50 licenças para exploração no Golfo do México desde o desastre. Analistas afirmam que o banimento pode ter sido uma estratégia da administração para pressionar a empresa a solucionar os processos restantes.