O Departamento de Tesouro informou que não classificará a China como manipuladora cambial. A informação foi divulgada no relatório semianual de Economia Internacional e Políticas de Taxa Cambial, no dia 27. A posição é a mesma do primeiro relatório desse ano, divulgado em maio. O Departamento enfatizou que a moeda chinesa teve um aumento nominal de 9,3% em comparação ao dólar desde junho de 2010, com a alta real chegando a 12,6%. Além disso, a China teria tomado medidas, desde o terceiro trimestre de 2011, para reduzir o nível de intervenção governamental nos mercados cambiais. O país também teria dado uma série de passos para liberalizar os movimentos de capitais. Ainda assim, o Tesouro alegou que a moeda chinesa continua significativamente subvalorizada, destacando a importância de o país tomar medidas quanto ao assunto, principalmente visando aumentar o consumo para que suas relações comerciais continuem sustentáveis. Desde maio, autoridades chinesas têm reiterado a promessa de adotar um sistema cambial mais orientado pelo mercado, o que novamente pautou a decisão do Tesouro. Apesar de a decisão ter repercutido negativamente em diversos setores dos EUA, classificar a China como um manipulador cambial poderia eventualmente prejudicar as relações comerciais entre os dois países. Além de tarifas mais altas nos produtos chineses que entram nos EUA, a situação poderia levar a uma guerra fiscal com o país que mais cresce no mundo.