Negociações fiscais começam sem grandes concessões

As negociações bipartidárias sobre o chamado abismo fiscal começaram com desconfiança entre os dois partidos. Desde o dia 19, assessores republicanos da Câmara e representantes da Casa Branca vêm fazendo reuniões preparatórias para as discussões entre o presidente Barack Obama e os líderes do Congresso na próxima semana. O objetivo das negociações é evitar os cortes automáticos no orçamento conforme o Budget Control Act de 2011 e o fim das isenções de impostos da era Bush. No entanto, observadores afirmam que as reuniões avançaram muito pouco. A proposta inicial dos republicanos manteria os atuais níveis de impostos imobiliários e para pessoas físicas, e as isenções da era Bush na sua totalidade. Os republicanos aceitariam simplificar as leis tributárias, mas exigiriam cortes em programas sociais. As propostas são similares a iniciativas anteriores, e democratas afirmam que a oposição não estaria disposta a alcançar um acordo que Obama possa aceitar. A abordagem democrata propõe mais geração de receita para equilibrar os cortes orçamentários, principalmente a partir do fim das isenções de impostos para famílias com renda anual superior a US$ 250 mil. Alguns analistas apontam que a mudança de posição republicana não é sincera. O partido teria passado a aceitar o aumento de impostos nas negociações por acreditar que os democratas não farão concessões suficientes em programas sociais, impossibilitando um acordo. Por outro lado, especialistas indicam que, após os resultados favoráveis nas eleições, os democratas esperavam propostas mais conciliatórias dos republicanos.

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