A secretária de Estado Hillary Clinton afirmou, no dia 21, que Israel e Hamas acordaram um cessar-fogo após oito dias de bombardeios a Gaza e ataques de foguetes ao território israelense. O anúncio foi realizado no Cairo, em conjunto com o ministro de Relações Exteriores egípcio, Mohamed Amr. Clinton elogiou o governo do Egito pelo papel central desempenhado nas negociações. A secretária, que viajou para o Oriente Médio às pressas no dia 20, reuniu-se com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e encontrou diplomatas egípcios em contato com o Hamas para discutir a crise. Segundo o acordo mediado pelo Egito, Israel deveria interromper todas as agressões contra Gaza, incluindo incursões e assassinatos. Em contrapartida, todas as facções palestinas deveriam parar com hostilidades desde Gaza a Israel, como ataques de foguetes e ações na fronteira. O Egito também vai atuar como garantidor do arranjo, cujo conteúdo completo não foi divulgado. Outras questões, como a demanda do Hamas pelo fim do bloqueio à Faixa de Gaza, só serão discutidas 24 horas após o início do cessar-fogo. A Casa Branca anunciou que pretende usar a oportunidade para auxiliar Israel com suas necessidades de segurança, como a contenção do tráfico de armas para Gaza. Segundo analistas, o objetivo da administração Obama ao enviar uma missão emergencial ao Oriente Médio era evitar a ampliação do conflito. Israel ameaçava invadir Gaza, assim como o fez em 2008. Estima-se que este último confronto tenha causado a morte de 162 palestinos e 6 israelenses.