O presidente do Fed, Ben Bernanke, deu declarações sobre a ameaça de recessão que o abismo fiscal pode colocar aos EUA. De acordo com Bernanke, pouco pode ser feito pelo Fed para amenizar a entrada em vigor dos cortes automáticos do Budget Control Act de 2011 e da expiração das isenções de impostos da era Bush. Mesmo se os líderes do Congresso e o presidente Barack Obama conseguirem chegar a um acordo nas próximas seis semanas, o Fed prevê a diminuição do déficit público por conta de outras medidas, como o fim de isenções de impostos sobre salários. Bernanke indicou que o Fed continuará com o relaxamento quantitativo (QE3) e poderá empregar outras ferramentas de política monetária até que o mercado de trabalho melhore substancialmente. A ação do Fed visa impulsionar o mercado imobiliário e desencadear um aumento nos gastos e investimentos na economia em geral. Bernanke também sugeriu a continuidade da redução das taxas de juros de longo prazo. O programa de compra de títulos do Fed deve ser discutido pela cúpula da instituição nos dias 11 e 12 de dezembro. Espera-se que na mesma ocasião seja discutido o futuro da Operação Twist, programa de venda de títulos de curto prazo e compra de longo prazo, que expira em dezembro. Por último, o presidente do Fed reiterou seu apelo aos legisladores para aprovar um plano de longo prazo de redução do déficit não muito agressivo. Ambos os partidos ainda se apresentam fortemente divididos na questão dos impostos e um acordo será bastante difícil.