EUA e Israel iniciaram, no dia 21, exercícios militares conjuntos com o objetivo de testar e integrar seus sistemas de defesa aérea. Cerca de 3500 militares dos EUA e outros 1000 de Israel participam da prática, que durará três semanas. O contingente vai simular operações de defesa contra ataques de mísseis, morteiros e foguetes oriundos de diversas origens em direção ao território israelense. O treinamento, que é o sexto de uma série, estava marcado para o início desse ano. As atividades foram adiadas por solicitação de Israel, que alegou motivações diplomáticas, além de preocupação com a instabilidade no Oriente Médio. Denominado “Austere Challenge 12”, o exercício militar é o maior que os dois países já realizaram juntos. Washington  gastou US$ 30 milhões com a iniciativa e estima-se que Tel Aviv tenha despendido um quarto desse valor. O esforço evidencia a cooperação entre os aliados, depois que divergências quanto ao programa nuclear iraniano abalaram a relação entre seus governos nos últimos meses. No entanto, segundo um dos responsáveis pela atividade, o general Craig Franklin, a prática já estava sendo planejada há dois anos e não está relacionada a questões regionais específicas. Apesar disso, analistas argumentam que o revide do Irã ou de algum de seus aliados a um ataque israelense contra instalações nucleares é a maior ameaça a Tel Aviv nesse momento. Para especialistas, o exercício conjunto sinaliza a disposição dos EUA de intervir em caso de ataque a Israel, o que poderia desestimular uma ofensiva iraniana.