Em discurso no dia 18, a secretária de Estado Hillary Clinton descreveu a “diplomacia energética” como um tema central para a política externa dos EUA. Clinton ressaltou que o Departamento de Estado passou a atribuir mais importância às questões de energia desde o início da administração Obama. Em 2011, a secretária criou o Escritório de Recursos Energéticos, órgão responsável por garantir que as relações exteriores do país contribuam para uma oferta estável de fontes de energia acessíveis. Outro objetivo do Escritório é promover energia limpa e transparência nas transações do setor. Segundo Clinton, inúmeras mudanças ocorreram  no cenário energético global nos últimos anos e a política externa dos EUA está sendo alterada para refletir esses acontecimentos. A demanda por energia em países como China e Índia é crescente e as escolhas de seus governos quanto aos recursos utilizados terá grande impacto econômico e ambiental. No Ártico, o derretimento de geleiras abre espaço para a exploração de petróleo, mas também exige a criação de novas regras. A produção de gás natural nos EUA está em alta devido a avanços recentes na técnica conhecida como fratura hidraúlica. O Departamento tem ajudado países europeus a explorar suas reservas não convencionais de gás com essa tecnologia, o que poderia reduzir a dependência da região em relação à Rússia. A secretária afirmou ainda que os EUA têm interesse em solucionar disputas territoriais relacionadas a fontes de energia e evitar que países usem os recursos, ou a proximidade com rotas de passagem, para impor suas vontades a outros Estados.