Energia e Meio Ambiente

EUA recusam plano iraniano sobre sanções e programa nuclear

Os EUA rejeitaram, no dia 5, uma proposta iraniana para resolver o impasse em torno de seu programa nuclear. No dia anterior, autoridades em Teerã anunciaram um plano gradual para encerrar o enriquecimento de urânio em duas localidades. Em troca do fim da atividade na usina de Qom, países ocidentais suspenderiam gradativamente as atuais sanções econômicas. Depois que todas as sanções fossem eliminadas, o Irã encerraria o enriquecimento na usina de Fordo. Todavia, o estoque de urânio enriquecido continuaria no país. A ideia é similar a um plano europeu que já tinha sido recusado pelos EUA. O anúncio do governo iraniano ocorreu após parte da população protestar contra sua política econômica. As manifestações ocorreram um dia após o presidente Mahmoud Ahmadinejad explicar que a brutal desvalorização da moeda nacional é fruto de um complô doméstico e internacional, que incluiria os EUA. Somente na última semana, o rial desvalorizou 40% em relação ao dólar. A secretária de Estados dos EUA, Hillary Clinton, contra-argumentou que o Irã é o único responsável por sua própria crise. A Casa Branca considerou a última proposta inaceitável por acreditar que o projeto nuclear teria sido desenvolvido de forma a permitir que o Irã realoque as unidades de enriquecimento com rapidez em qualquer lugar do país. Os EUA exigem o desmonte das usinas que enriquecem urânio a 20% e a remessa do material enriquecido para o exterior. A contrapartida não seria o fim das sanções, mas uma assessoria em assuntos atômicos civis e a promessa de se tentar evitar novas sanções pelo Conselho de Segurança da ONU.

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