Questões políticas sensíveis sobre acesso a mercados devem ser entrave nas negociações da Trans-Pacific Partnership (TPP). Funcionários do Escritório do Representante Comercial dos EUA (USTR, na sigla em inglês) elogiaram o progresso nas negociações, mas enfatizaram que ainda há ressalvas entre as partes. Os acordos provisórios conquistados pelos negociadores envolvem apenas produtos menos controversos, permanecendo as dificuldades sobre itens politicamente sensíveis, em especial com Malásia, Nova Zelândia e Vietnã. Entre EUA e Malásia, apesar de as discussões estarem quase concluídas, ainda há entraves sobre a rejeição dos EUA à proposta da Malásia sobre a abertura de seus mercados de automóveis, produtos de tabaco e bebidas alcóolicas. Nas negociações com a Nova Zelândia permanecem os problemas relacionados à exportação de laticínios para o mercado dos EUA. Por fim, há o impasse com o Vietnã sobre a relutância dos EUA em não revelar a extensão da abertura de seus mercados para produtos de vestuário e calçados. Além desses obstáculos, os países ainda precisam lidar com a entrada oficial do Canadá e do México nas negociações, o que acontecerá na próxima semana. Sobre o Canadá, o USTR já anunciou sua pretensão de manter negociações de acesso a mercados, apesar de os dois países estarem ligados ao NAFTA. De acordo com observadores, a atual dinâmica das negociações pode não se sustentar caso não sejam resolvidos os problemas sobre acesso a mercados. O próximo encontro da TPP deve acontecer entre os dias 3 e 12 de dezembro.