As montadoras Ford e General Motors decidiram avançar na produção de veículos com capacidade para combustível com concentração de 15% de etanol, mistura conhecida como E15. A GM liberou o uso do composto para modelos a partir de 2012 e a Ford para versões a partir de 2013. A adição desse percentual de etanol foi alvo de muita polêmica no país. Apesar de ter sido aprovada pela Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês) para carros fabricados após 2001, a sua implementação foi atrasada por pressão do lobby petrolífero. Em agosto, a Corte de Apelações de Colúmbia sustentou a regulação da EPA, impondo uma derrota à indústria de petróleo e também à maioria dos republicanos. Mesmo com a recente aprovação, a porta-voz da GM, Sharon Basel, afirmou que a empresa continuará a recomendar que a mistura não seja usada em carros produzidos antes de 2012. As montadoras não querem ser responsabilizadas por possíveis danos decorrentes da utilização do composto nesses modelos. A posição da indústria automotiva sempre foi um dos principais pontos das críticas ao E15 feitas por republicanos e associações de produtores de petróleo. Para grupos ligados à produção de etanol, a decisão dos grandes fabricantes deve aumentar a pressão para que outras montadoras também adaptem suas tecnologias. A difusão do composto é fundamental para que as refinarias cumpram uma norma federal de 2007. Na ocasião, o ex-presidente George W. Bush determinou que 36 bilhões de galões de etanol deverão ser anualmente adicionados aos combustíveis tradicionais a partir de 2022.