Nova Iorque estende moratória sobre extração de gás de xisto
O estado de Nova Iorque estendeu a moratória sobre explorações de gás de xisto por prazo indefinido. A suspensão das atividades vencia em 29 de novembro, quando autoridades estaduais deveriam estabelecer regras para as explorações ou encerrá-las definitivamente. A solução encontrada pelo governador Andrew Cuomo para ganhar tempo foi solicitar novos estudos sobre os impactos da atividade na saúde pública. A medida atende à pressão de ambientalistas, que se opõem ao método usado para extrair esse tipo de gás não convencional. Conhecida como fratura hidráulica, a técnica teria consequências ambientais graves, como contaminação de lençóis freáticos e abalos sísmicos. Entretanto, os defensores do uso das reservas no estado criticaram o adiamento. A exemplo de congressistas de ambos os partidos e da própria administração Obama, Cuomo demonstrara inicialmente ser favorável ao uso da tecnologia. O governador defendia a atividade por sua capacidade de geração de empregos e contribuição para a segurança energética. Recentemente, Cuomo parece ter ficado menos convencido. Nos últimos quatro anos, o Departamento de Conservação Ambiental de Nova Iorque realizou estudos e mais de 80.0000 consultas públicas sobre a atividade. A maioria dos cidadãos manifestou-se contra e o temor à prática já teria afetado o mercado imobiliário, desvalorizando propriedades próximas a poços de exploração. A resistência popular ao método também cresce mundialmente. Na semana anterior à decisão de Cuomo, uma manifestação intitulada Global Frackdown mobilizou protestos em vários países, incluindo França e EUA.