CIA diz que ex-detento de Guantánamo chefiou ataque na Líbia
A CIA acredita que o ataque ao consulado dos EUA na Líbia foi organizado por um ex-detento de Guantánamo. O suspeito saiu da prisão em 2007, tendo retornado à Líbia e assumido um posto de liderança na Ansar al-Sharia, milícia ligada à al-Qaeda. Agentes de inteligência teriam evidências de uma comunicação dos dois grupos islâmicos no dia do ataque que matou o diplomata Christopher Stevens e outros três funcionários em Benghazi. Autoridades líbias que investigam o episódio também creem na participação da Ansar al-Sharia. Depois da invasão ao consulado, surgiram manifestações populares contra as milícias armadas. Aproveitando o contexto de insatisfação, autoridades líbias exigiram que as milícias não autorizadas deixem as bases do governo no país até o dia 25. As instalações estavam ocupadas pelos grupos desde o conflito que derrubou o regime de Muammar al-Gaddafi no ano passado. A Ansar al-Sharia está incluída entre as milícias que receberam ordens para se dissolver e entregar suas armas. Na semana passada, a secretária de Estado Hillary Clinton anunciou a criação de um Conselho de Revisão para investigar o caso. O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, acredita ser evidente que a invasão ao posto de representação em Benghazi foi um ato de terrorismo. Uma preocupação da administração é provar que não houve falha na segurança pelo Departamento de Estado ou erro na prevenção de risco pela CIA. Republicanos acusam o governo de negligência ao ignorar sinais evidentes de aumento da instabilidade na Líbia.