O Departamento de Justiça (DOJ, na sigla em inglês) divulgou, no dia 19, um relatório sobre os responsáveis pelas falhas na operação Velozes e Furiosos. A investigação, conduzida pelo inspetor-geral Michael Horowitz, diz respeito a uma operação no Arizona que monitorava o fluxo de armas de fogo vendidas nos EUA através da fronteira com o México entre 2009 e 2011. A operação veio a público após agentes de vigilância perderem o rastro de 2.020 armas que acabaram nas mãos de traficantes, com algumas delas sendo apreendidas em cenas de crimes. A investigação culpa as autoridades locais por falhas no planejamento e nas escolhas táticas da operação. Medidas disciplinares foram recomendadas a 14 agentes, mas não houve acusações criminais. O procurador-geral Eric Holder e outros funcionários do alto escalão do DOJ foram isentos de responsabilidade. Ainda assim, o presidente do Comitê de Reforma e Supervisão Governamental da Câmara, Darrell Issa (R-CA), declarou que Holder não supervisionou a atividade de seus subordinados de forma satisfatória e que também é culpado na questão. Nos últimos meses, republicanos liderados por Issa travaram uma batalha legal contra Holder pela liberação de documentos sigilosos sobre a operação. Em junho, a Câmara considerou que o procurador-geral desacatou o Congresso ao negar o fornecimento dos documentos à investigação. Holder argumentara que as informações prejudicariam outras operações em andamento. No último dia 20, em audiência de seu Comitê questionando Horrowitz, Issa declarou que manterá a ação civil para obtenção das evidências.