Ataque mata embaixador dos EUA na Líbia

O embaixador dos EUA na Líbia, Christopher Stevens, e outros três diplomatas foram mortos por um grupo armado que atacou o consulado do país em Benghazi, no dia 11. O ataque teria sido em resposta a um filme produzido nos EUA por um cristão copta de origem egípcia, ridicularizando o profeta muçulmano Maomé. O vídeo também foi considerado ofensivo por grupos egípcios, que protestaram escalando os muros da embaixada dos EUA no Cairo. A administração acredita que o protesto no Egito foi espontâneo, mas suspeita que a investida na Líbia tenha sido premeditada. Manifestantes líbios estavam munidos com morteiros e granadas, e a sofisticação da ação indicaria que o filme seria apenas um pretexto. Congressistas em Washington chegaram a cogitar que a Al-Qaeda estaria envolvida na invasão. O fato de o episódio ter ocorrido no aniversário dos atentados de 11 de setembro fortaleceria essa percepção. Embora detalhes sobre as mortes ainda sejam pouco conhecidos, o caso suscitou críticas domésticas quanto à segurança de equipes diplomáticas em países politicamente instáveis. O presidente Barack Obama disse não aprovar a profanação religiosa, mas condenou a violência e anunciou que a segurança das representações no exterior será reforçada. Logo em seguida, soldados e navios de guerra foram enviados a Trípoli e proximidades, e alguns funcionários foram convocados a deixar a Líbia. Stevens foi o primeiro embaixador dos EUA a morrer em um atentado nos últimos 33 anos. O diplomata teve um papel ativo junto à oposição líbia durante o conflito que levou a queda e morte do ex-ditador, Muammar al-Gaddafi, em 2011.

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