Israel questiona eficácia das ações dos EUA contra o Irã
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pressionou os EUA a agir de forma mais dura para acabar com o programa nuclear iraniano. A declaração, do dia 2, foi motivada por relatório da AIEA sobre o aumento da instalação de centrífugas na usina de Fordo, perto da cidade iraniana de Qom. A Casa Branca critica o Irã, mas evita falar abertamente sobre uma investida militar. A administração não quer estimular um ataque de Israel ao país persa e tenta evitar mais instabilidade no Oriente Médio. Dentre as medidas adotadas pelos EUA, destacam-se sanções econômicas e a construção de um escudo antimíssil no Qatar. O sistema de defesa atuará em conjunto com radares instalados em Israel e na Turquia, formando um arco de proteção na região. O Pentágono também realizará exercícios militares no Golfo Pérsico, entre 16 e 27 de setembro, para demonstrar força bélica perto do Estreito de Ormuz. A prática compreende operações com navios, helicópteros e drones submarinos para destruição de minas. Apesar disso, Netanyahu classificou as ações como vagas e ineficazes. Agentes de inteligência de Israel e dos EUA também pediram a retomada de um projeto preterido pelo ex-presidente George W. Bush. Em lugar de atacar as redes elétricas que servem às usinas iranianas, Bush optou por ciberataques sistemáticos às centrífugas a partir de 2006. Conhecidos como “Olympic Games”, os sofisticados ataques continuaram sendo executados pelo atual presidente, afetando milhares de centrífugas. Barack Obama, no entanto, rejeita destruir as redes de energia para não prejudicar civis ou países vizinhos ao Irã.