Obama adverte Síria sobre armas químicas

O presidente Barack Obama declarou, no dia 20, que os EUA podem intervir militarmente na Síria casa haja uso ou movimentação de armas químicas. Direcionada a todas as partes em luta, mas principalmente ao governo sírio, a fala foi a primeira ameaça direta de intervenção desde o início do conflito. Obama teme que os armamentos sejam usados contra a população ou caiam nas mãos do Hezbollah e da Al-Qaeda, supostamente envolvidos na disputa. Tal cenário seria uma ameaça para aliados dos EUA no Oriente Médio, como Israel. A Casa Branca também informou que o Pentágono vem preparando planos de contingência para potenciais operações. Até o momento, a participação oficial dos EUA no conflito se limitou à ajuda humanitária e ao fornecimento de apoio logístico às forças de oposição. A recusa em fornecer armas aos rebeldes ou estabelecer um bloqueio aéreo na Síria é criticada por combatentes do regime Assad. O senador John McCain (R-AZ) também pede por maior suporte aos grupos, como mais operações de inteligência e a criação de zonas de segurança nas regiões controladas pela oposição. Apesar da pressão de McCain e do alerta do presidente, uma intervenção dos EUA não é esperada. Pesquisas ao longo do ano indicam que a maioria da população nos EUA não apoia uma operação militar. Da mesma maneira, dados do Instituto Gallup apuraram que a opinião pública no mundo árabe rejeita a entrada da OTAN na guerra civil. Além disso, o Kremlin reagiu à fala de Obama, afirmando que a interferência ocidental será vista por Rússia e China como um desrespeito às normas do direito internacional.

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