EUA denunciam práticas alfandegárias da Argentina à OMC

A delegação dos EUA na Organização Mundial do Comércio (OMC) abriu, no dia 21, uma denúncia contra práticas alfandegárias da Argentina. Na queixa, os representantes afirmam que licenças não automáticas de importação são atrasadas e recusadas pelas autoridades argentinas de forma não transparente. Representantes dos EUA declaram que muitas vezes os importadores só obtêm as licenças quando concordam em limitar importações, investir em instalações de empresas locais, reduzir transferências de lucros ao exterior e aumentar o preço de seus produtos. O documento diz que estas são medidas discriminatórias de restrição às importações, violando quatro tratados regulados pela OMC. No mesmo dia, a delegação japonesa abriu caso contra a Argentina junto ao órgão pelos mesmos motivos. A reclamação ocorre cinco meses após uma reunião da OMC em que os EUA e mais 13 países fizeram um pronunciamento conjunto pedindo à Argentina que deixe de utilizar tais práticas. Em nota à imprensa, o ministro das Relações Exteriores da Argentina, Héctor Timerman, anunciou que sua delegação apresentará uma denúncia à OMC contra os EUA por impedir a importação de carnes e limões do país. Os dois países vêm se afastando comercialmente desde a suspensão das preferências unilaterais concedidas à Argentina. No dia 26 de março, o presidente Barack Obama anunciou a retirada do país do Sistema Geral de Preferências. Em 2011, o programa concedera benefícios no valor de US$ 17,3 milhões a produtos argentinos.

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