EUA pressionam UE a classificar o Hezbollah como terrorista

Divergências entre EUA e União Europeia (UE) sobre o status do Hezbollah se acentuaram com as tensões na Síria. No dia 10, o Departamento do Tesouro anunciou novas sanções ao grupo xiita, alegando que uma de suas alas atua em conjunto com o Irã no auxílio às forças do governo sírio. Como a organização libanesa já sofre sanções nos EUA desde 1995, a medida tem um caráter simbólico. Segundo o coordenador de contraterrorismo do Departamento de Estado, Daniel Benjamin, a iniciativa evidencia o envolvimento do Hezbollah com um regime condenado pela comunidade internacional. Benjamin apelou para que outros países adotem a mesma postura, em uma mensagem que parece direcionada principalmente a países europeus. A pressão sobre a UE para classificar a organização como terrorista encontra respaldo entre políticos no Congresso. No dia 16, a presidente do Comitê de Assuntos Externos da Câmara, Ileana Ros-Lehtinen, enviou uma carta à Comissão Europeia com esse propósito. Embora não haja consenso entre os europeus, a maioria categoriza o Hezbollah como grupo de movimentos sociais e políticos. Mesmo tendo um braço armado, a organização possui cadeiras no Parlamento libanês, além de promover serviços sociais no Líbano. Segundo analistas, a diferença entre os aliados transatlânticos mostra percepções opostas sobre ameaças. Para os europeus, grupos xiitas representam risco menor do que sunitas. A visão dos EUA sobre o Hezbollah refletiria mais a sua intransigência em relação ao Irã, que também é xiita, do que propriamente a ação do grupo.

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