O representante Paul Ryan (R-WI), escolhido pelo candidato Mitt Romney para ser seu companheiro de chapa, reafirmou sua visão sobre energia. Em visita ao Colorado, no dia 13, Ryan afirmou que o governo deveria investir mais em gás e carvão, considerando que o país é muito abundante nesses recursos. Um tópico central em sua agenda é fazer com que os EUA alcancem independência energética por meio de estímulo à produção doméstica de combustíveis fósseis. O representante também defende a flexibilização das regulamentações no setor de energia e é conhecido por sua posição contrária às indústrias de energia renovável. Sua crítica é particularmente direcionada à produção de biocombustíveis. Diferentemente de Mitt Romney, Ryan se opõe ao mandato de etanol, programa que estabelece níveis mínimos para a mistura do produto à gasolina. Segundo o representante, a transformação do milho em biocombustível encarece o preço da commodity, o que teria causado um aumento de US$ 70 no gasto mensal com alimentação pelas famílias nos últimos doze meses. Em sua opinião, o governo deveria trabalhar para reduzir as despesas da população extinguindo o mandato. As declarações preocupam uma parcela dos produtores agrícolas. Além disso, seu posicionamento pode colocar em risco parte do eleitorado em estados rurais, que costumam votar no partido republicano. Atualmente, muitos agricultores obtêm sua renda com a plantação de milho para a indústria de etanol. De acordo com o presidente do Sindicato Nacional dos Agricultores, Roger Johnson, a oposição de Ryan é um problema grave para o setor.