Temas polêmicos nas negociações sobre a Trans-Pacific Partnership (TPP) devem atrasar a finalização do acordo. Segundo Demetrios Marantis, funcionário do Escritório do Representante Comercial dos EUA (USTR, na sigla em inglês), apesar dos avanços feitos, os negociadores ainda estão longe de chegar à conclusão do acordo. As questões mais polêmicas, como propriedade intelectual, empresas estatais, direitos trabalhistas e serviços financeiros só começarão a ser discutidas em setembro, quando ocorre a próxima rodada de negociações. Marantis citou que propriedade intelectual tem sido o tema mais polêmico, especialmente após os outros países recusarem a proposta dos EUA. Em maio, o país apresentou uma proposta para o comércio de medicamentos que protegeria direitos de grandes companhias farmacêuticas. Para Marantis, a proposta facilitaria o acesso a medicamentos em países em desenvolvimento, mas enfrenta resistência dos outros negociadores. Outra questão delicada é a padronização de regulamentações sobre serviços financeiros. O USTR confirmou ser favorável a concessão de ressalvas que assegurem aos países a precedência de regras nacionais sobre seus sistemas financeiros em caso de necessidade. Propostas dos EUA sobre novas regras para empresas estatais e direitos trabalhistas também têm sido criticadas. Por fim, sobre as reivindicações de membros do Congresso e grupos civis quanto à falta de transparência nas negociações, o USTR declarou que a divulgação de relatórios apenas dificultaria as conversas.