Departamento de Justiça não processará Goldman Sachs
O Departamento de Justiça (DOJ, na sigla em inglês) anunciou, no dia 9, que não abrirá processo contra o Goldman Sachs e seus funcionários por fraude financeira. O DOJ alegou falta de provas e concluiu que as leis em vigência impedem um julgamento criminal deste tipo. O banco de investimentos era acusado de ser um dos catalisadores da crise financeira de 2008 e de agir em conflito com os interesses de seus clientes. Em abril de 2011, um relatório sobre a crise elaborado pelo Subcomitê Permanente de Investigações do Senado revelou trocas de e-mails entre executivos do Goldman Sachs que indicam conflito de interesses nas movimentações da firma. A instituição teria vendido pacotes de hipotecas e aconselhado clientes a comprá-los mesmo sabendo que os produtos financeiros eram destituídos de valor real. Além disso, o banco apostava no mercado contra os próprios pacotes que vendia aos clientes. Em 2010, o presidente do Subcomitê, Carl Levin (D-MI), realizou audiências questionando funcionários de alto escalão das principais instituições financeiras envolvidas na crise. Como resultado das reuniões, as denúncias foram levadas ao DOJ, embora poucos casos tenham ido a julgamento. Neil Barofsky, inspetor-geral do Departamento do Tesouro durante a implementação do programa de resgate aos bancos, afirmou que o anúncio do DOJ é um lembrete de que nenhum indivíduo ou instituição foi responsabilizado pela crise. Segundo especialistas, o Goldman Sachs foi uma das instituições financeiras mais favorecidas pela crise de 2008. Juristas afirmam que é difícil incriminar os responsáveis pelo desastre devido à complexidade das questões que envolvem o caso.