Sudão e Sudão do Sul fecham acordo após visita de Clinton
O Sudão do Sul anunciou, no dia 4, um acordo provisório sobre petróleo com o Sudão. A iniciativa põe fim a divergências financeiras sobre a taxa devida ao Sudão pela exportação do petróleo produzido no Sudão do Sul. O arranjo determina o valor de US$ 9,50 por barril exportado, contra os US$ 36 inicialmente exigidos pelo Sudão. Este país também receberá US$ 3 bilhões nos próximos três anos, como compensação parcial por perda de receita petrolífera com a independência do Sudão do Sul em 2011. Antes da separação, três quartos da produção de petróleo sudanesa se localizavam na região que é hoje o Sudão do Sul. Entretanto, a maior parte da infraestrutura para a distribuição do recurso continua no Sudão. A decisão ocorreu dias depois de terminado o prazo da ONU para que os dois países solucionassem a questão, sob pena de sanções. Mas funcionários do Departamento de Estado afirmam que a iniciativa foi uma conquista da secretária de Estado Hillary Clinton. A secretária esteve no Sudão do Sul, no dia anterior, quando pressionou o presidente Salva Kiir por um entendimento com o país vizinho. Clinton também defendeu o rápido restabelecimento da produção de petróleo, interrompida pelo Sudão do Sul em janeiro por conta da disputa. A economia do país foi muito afetada pela redução das exportações, o que aumentou sua dependência de ajuda externa. Além disso, o alívio econômico pode dar tempo para que se pense em uma rota alternativa para exportação. Apesar do acordo e da pressão dos EUA, o governo sul-sudanês não tem previsão para a retomada da produção.