Lei de cibersegurança é bloqueada no Senado

A Lei de Cibersegurança de 2012, proposta por um grupo tripartidário, foi bloqueada no Senado, no dia 2. A legislação determinava padrões de cibersegurança em empresas que administram infraestruturas críticas, como redes de energia elétrica, e sistemas financeiros e de comunicação. A medida previa compartilhamento de informações entre setor privado e público, ponto mais combatido por seus opositores. Apesar de seu caráter voluntário, o projeto enfrentou resistência principalmente da Câmara de Comércio. A associação, um dos grupos de interesse mais fortes no país, teme pela interferência do governo no âmbito privado. A fim de atrasar a votação, os republicanos propuseram uma série de emendas controversas. Duas delas condicionavam sua implementação ao fim da reforma da saúde, um dos marcos do presidente Barack Obama. Essa estratégia de prolongar os debates para dificultar a votação é conhecida como filibuster. Para interromper a manobra, o líder da maioria no Senado, Harry Reid (D-NV), invocou o cloture. Tal mecanismo procedimental, no entanto, não obteve os 60 votos necessários para encerrar as discussões. O projeto tinha forte apoio da administração Obama, que se declarou desapontada com o desdobramento. Em artigo de opinião no The New York Times, dias antes, Obama exortara os senadores a aprovar o plano. Reid, que votou contra o cloture para manter a prerrogativa de retomar a questão, pretende levá-la à votação em setembro, após o recesso legislativo. A expectativa, no entanto, é de que a lei seja debatida somente em 2013.

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