O ex-vice-presidente Dick Cheney confirmou, no dia 12, apoio à candidatura de Mitt Romney para presidente dos EUA. Cheney sediou um jantar para arrecadação de fundos em sua casa em Wyoming. O estado é um grande reduto republicano. Com a presença de Romney e representantes do setor petrolífero, o evento reuniu 200 participantes que pagaram US$ 15 mil pelo convite. O jantar também resultou em mais de US$ 4 milhões em doações, o dobro da média ultimamente arrecadada por Romney nessas ocasiões. Segundo Cheney, o candidato é o mais apto a combater ameaças à segurança nacional. A aproximação é importante para Romney atrair votos do eleitorado conservador, que o vê como um político moderado. Cheney foi determinante na política externa da administração Bush. Para combater o terrorismo, o ex-vice-presidente defendeu o uso de tortura em interrogatórios e a violação de dados pessoais, inclusive de cidadãos dos EUA. Romney têm reproduzido essa visão ao afirmar ser trágica a retirada das tropas do Iraque em 2011, mesmo após 9 anos de guerra. Recentemente, o candidato também disse que métodos controversos contra suspeitos de terrorismo são eventualmente necessários. Outro indício de que Romney poderá implementar políticas semelhantes é o fato de que 17 entre 24 de seus assessores de política externa integraram o governo Bush. Analistas acreditam que o apoio de Cheney pode resultar na perda de votos entre independentes e moderados. A política externa de Bush é vista como desastrosa por muitos analistas e boa parte da população.