Novas sanções miram tentativas iranianas de burlar bloqueio
O Departamento do Tesouro anunciou, no dia 12, novas sanções relativas a comércio de petróleo iraniano. As medidas miram organizações e indivíduos estrangeiros que ajudem o Irã a burlar restrições anteriores. Entre os alvos do Departamento, estão instituições de nações como Tuvalu e Tailândia. Esses países são acusados de registrar petroleiros iranianos em seus territórios para que as embarcações possam navegar sob suas bandeiras. O registro tem como objetivo facilitar o acesso a seguro e financiamento, serviços atualmente vedados às cargas em navios com bandeiras iranianas. Os petroleiros pertencem à National Iranian Tanker Company (NITC), que é igualmente alvo das últimas sanções. Segundo o Departamento, empresas de Hong Kong, Suíça e Malásia também são uma fachada da organização para a venda de petróleo a refinarias europeias. A NITC é formada por operadores independentes e, nos últimos dias, foi autorizada pelo governo iraniano a comercializar o produto no exterior. Somente a estatal National Oil Company costuma vender a produção nacional, mas suas transações são facilmente identificáveis no sistema financeiro internacional. Hassan Khosrojerdi, lider do grupo privado, não explicou como a NITC escapa dos mecanismos punitivos, mas confirmou que acordos com refinarias europeias vão minimizar os efeitos das restrições. Analistas acreditam que as sanções impostas pelos EUA em dezembro e a suspensão de apólices de seguro pela União Europeia, todas implementadas em julho, reduzirão as vendas iranianas no mês em até 40%. O petróleo é responsável por 80% das exportações do Irã.