O Fundo Monetário Internacional (FMI) diminuiu as estimativas de crescimento da economia dos EUA e alertou que a recuperação está ameaçada por incertezas fiscais. Segundo relatório divulgado no dia 3, dificuldades domésticas e internacionais tornam mais difícil a retomada do crescimento. Dessa maneira, a projeção de crescimento passou a ser de 2% para 2012, e 2,3% para 2013, reduzindo em 0,1% estimativas anteriores. O órgão fez recomendações acerca da política fiscal e econômica, enfatizando a necessidade de se evitar uma nova crise no fim do ano. A partir de janeiro, os cortes de impostos da era Bush expirarão e reduções automáticas no orçamento federal entrarão em vigor. O FMI aponta que, caso os congressistas não impeçam tais medidas, a economia do país crescerá menos de 1% em 2013. Nos anos seguintes, o crescimento seria negativo, caracterizando uma recessão com graves repercussões para a economia mundial. O relatório também recomenda que os congressistas aumentem o limite da dívida antes que este seja atingido, para evitar incertezas como em 2011. De acordo com analistas, a abordagem balanceada da administração Obama para a recuperação da economia converge com as sugestões do FMI. No entanto, os funcionários da organização afirmam que a proposta de orçamento do presidente, com redução do déficit federal em 3%, é muito abrupta, já que há riscos de desaquecimento da economia. A sugestão é que a redução seja de apenas 1% em 2013 e que a composição dos gastos seja voltada para o crescimento.