EUA isentam China de sanções em compra de petróleo iraniano
O Departamento de Estado anunciou, no dia 28, que China e Cingapura serão isentas de punições sobre importação de petróleo do Irã. O anúncio coincidiu com o início das penalidades a empresas estrangeiras que façam transações com instituições financeiras iranianas referentes à compra de petróleo. A secretária de Estado Hillary Clinton disse que a isenção foi possível porque os dois países reduziram significativamente suas importações nos últimos meses. As compras da China, que é o maior cliente do Irã, foram reduzidas em 25% nos primeiros cinco meses do ano, em relação ao mesmo período de 2011. As isenções valem por seis meses, podendo ser renovadas desde que os cortes continuem. Clinton afirmou que uma redução de cerca de 40% nas exportações iranianas indica o sucesso das sanções, que visam pressionar Teerã a interromper seu programa nuclear. O Irã já teria perdido cerca de US$ 32 bilhões em vendas em um ano. Republicanos criticaram a isenção à China. Para a representante Ileana Ros-Lehtinen (R-FL), a administração Obama deu passe livre para que Pequim continue auxiliando o governo iraniano. Existe a suspeita de que a queda nas importações chinesas tenha sido motivada por interesses comerciais e não pela pressão dos EUA. Analistas acreditam que a Casa Branca teria preferido premiar a China mesmo assim para evitar um atrito com os chineses, que podem ser decisivos em questões internacionais, como na Síria e na Coreia do Norte. Outros vinte importadores foram poupados, como Índia e Japão.