Rússia quer participação do Irã em Conferência sobre a Síria

O ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, defendeu, no dia 9, a necessidade de se realizar uma conferência internacional sobre a Síria. Com o fracasso do cessar-fogo proposto por Kofi-Annan, ex-secretário-geral da ONU, Moscou acredita ser preciso discutir soluções imediatas para o conflito e insiste na importância da participação do Irã nas negociações. Ahmad Fauzi, porta-voz de Annan, concorda que o Irã não deve ser excluído de qualquer discussão sobre a Síria, já que é um ator central na crise. O Irã é um dos principais aliados da Rússia no Oriente Médio e exerce grande influência sobre o regime sírio de Bashar al-Assad. Teerã e Damasco são aliados há mais de 30 anos e analistas argumentam que a exclusão dos iranianos das negociações poderia comprometer inclusive a estabilidade de um eventual regime pós-Assad. Washington parece ter aceitado a proposta da conferência, que deve acontecer em junho, depois de um encontro entre os presidentes Barack Obama e Vladimir Putin. No entanto, a Casa Branca se opõe à presença do Irã na reunião. No dia 12, a secretária de Estado Hillary Clinton afirmou que incluir o país persa nas negociações seria um erro grave. Para a secretária, os iranianos apoiam e treinam as forças do governo sírio que combatem violentamente as manifestações da oposição. Os EUA preferem que a Síria adote o modelo iemenita, onde o presidente deixou o cargo para que membros de seu próprio governo possam realizar uma transição pacífica de regime.

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