Morte de número 2 da Al-Qaeda divide opiniões nos EUA
A CIA anunciou, no dia 31, a morte de Abu Yaha al-Libi, um importante líder da Al-Qaeda. O terrorista foi morto no Paquistão depois de sofrer um ataque realizado por um drone comandado pela agência. Considerado o número 2 da organização, al-Libi havia fugido de uma prisão militar dos EUA no norte de Cabul, em 2005. Apesar de sua grande influência, as consequências de sua morte têm dividido opiniões nos EUA. Alguns especialistas em contraterrorismo afirmam que o acontecimento é significativo, pois o líder era o membro mais versátil e experiente da Al-Qaeda, e exercia grande poder sobre os jovens. O analista Jarret Brachman afirmou que o terrorista mantinha o movimento organizado e que a Al-Qaeda não conseguirá sobreviver sem a sua liderança. Segundo o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, a organização não tem um substituto à altura e a continuidade do grupo estaria ameaçada. Outros analistas acreditam que a eliminação do terrorista não representa o fim do movimento, apenas maior descentralização das posições de comando. Para o articulista Bill Roggio, o governo dos EUA subestima as forças do grupo, que não se limitam apenas ao Paquistão. Funcionários da segurança paquistanesa temem que o episódio tenha efeito inverso ao esperado pelas autoridades dos EUA. Os ataques com aviões não tripulados têm provocado a revolta de integrantes mais jovens da rede terrorista. De acordo com autoridades paquistanesas, as próximas gerações da Al-Qaeda são consideradas mais virulentas e ideologicamente mais agressivas do que a atual.